1, 2, 3 chances. Ou mais.

É, eu me enganei, você veio e cumpriu sua palavra.
Até quando você vai me confundir ?
Noz e cérebro. É desse jeito.
Ah, um dia vai dar certo.
E eu vou insistir.
Vai dar.
Certo.

"A gente vai levando..."

Ok. Ai vem me procurar... Tava com a cabeça pra fora, já na intenção de que você viesse. Com as desculpas e malcriações, que não dava pra vir... Desculpas ou malcriações, falando que eu não atendo o celular. Foi fazer outra coisa, depois disse que passava aqui. Posso me arrumar do jeito que for, fazer tudo, te agradar, mas eu só tenho uma dúvida. Você vem mesmo? 

Vou viajar, vou desmarcar com as irmãs que há tanto eu não vejo, arrumar meu quarto, minha casa, deixar o cabelo do jeito que você gosta, com as roupas que você gosta. 

Mas aposto. APOSTO. A-P-O-S-T-O. Que na primeira oportunidade de desculpa que você tiver, você vai fugir.

É, quem não te conhece que te compre.

Ou não?

E como uma coisa que parecia tão concreta, que hoje fazem 15 dias e mudou totalmente. As pessoas não fazem sentido.
Talvez, eu não deva colocar a culpa nos outros, afinal, eu sou a que menos faz sentido.
Ou faço. Ou tenho.
Sei ou não o que eu quero?
É, eu não faço sentido.

Muda-andança: a mudança.

Você mudou. Sabe-se lá se foi pra melhor ou pior, tanto faz como tanto fez. Todo ser humano é passível de mudança. Mas o olho de ressaca continua o mesmo, aquele olho que me olha profundo, que é da cor de uma cachoeira, aquela cachoeira límpida, que dá para ver as pedras ao fundo, e da qual me da vontade de me afogar. E que não achassem meu corpo, pra eu pertencer a você. Afinal, o mesmo olhar que eu ia me prender, era o que você iria levar pra sempre.

Esse olhar que tanto muda, muda de uma hora pra outra. O que é desejo vira desprezo, e o que é vontade, se torna ignorante. Estar ao seu lado e não ter vontade de gritar e ordenar para o mundo acabar, é o mesmo que beber um litro de vodca e não ficar bêbado.

Minha relação com você, é uma daquelas que destrói a humanidade. É uma exceção a regra. Mas que se todos fossem iguais, talvez seriam mais felizes, só que não seria propício, seria uma sociedade sem compromisso.

E quando estou chegando lá, que a sorte está comigo, que eu sei que vou te deixar louco. É com essa mesma sorte que você me pede pra não contar, e pra eu não me animar, que os meus planos irão mudar.

Então voltamos ao começo.

É mais fácil a sorte mudar do que você mudar.

Me enganei.

Mas continuo a te desejar.

Descobertas da vida, e blablabla na madrugada.

Refletindo, em pleno agosto, que sempre acontecem coisas meio "estranhas" comigo... 

(Tá ok. Só lembro do ano passado, que meu piercing inflamou, meu secador e minha chapinha explodiram, eu fui assaltada, meu amor não era correspondido e todos os dias eram um saco)  

Esse agosto está andando num ritmo engraçado... Tá um morde-assopra na minha vida e parece que ela está me testando. Uma hora, acontece algum fato meio triste, ai vai lá, e acontece um bem feliz, ai outro dia, algo bombástico, e vai testando, testando e testando.

Como diz um amigo meu, a vida nunca vai ser como nas novelas, nem filmes e nem livros. Então, de vez em quando sinto que eu sou uma pessoa, que caiu de paraquedas, e está aqui pra tentar não ser só uma gota no oceano, sabe.

Mesmo com todas essas conturbações do dia a dia, eu sempre tenho uma coisa pra mudar, ou algo pra cumprir, ou algo que me deixa extremamente feliz, ou meio chateada. Mas a verdade é que por baixo disso tudo, o que importa, é que eu nunca deixo minha essência, e eu acordo todos os dias com uma vontade imensa de crescer, de fazer o bem e de liderar... E isso atropela todos os fatos que eu poderia ficar me lembrando, que eu poderia estar chateada e parada na vida, pensando em como ia ser. 

Os fatos que me colocam a prova, os amigos que eu sei que posso contar, as minhas inspirações, e os meus pensamentos positivos que ficam me rondando, sempre me dão essa sensação de bem estar no final das contas. É isso que eu acho que me importa, ser feliz por coisa tão simples. É amar o minimalismo. O menos é mais. (O que nem sempre é menos).

Ah, acho que eu encontrei finalmente a fórmula do amor. O amor sempre esteve em mim. Em mim mesma.

E já dizia Cartola!

"Fim da tempestade

O sol nascerá

Fim desta saudade

Hei de ter outro alguém para amar" 

Cartola - O Sol Nascerá

"E se parará..."

Olha ai o orgulho, que há muito não aparecia!

Sabe aquela cantiga de pular corda, aquela assim: "um dia um homem bateu em minha porta e eu a-bri..."... A minha versão foi diferente... "Um dia o arrependimento bateu em minha porta e eu a-bri..." A sequência que se dá, não é tão fácil como a da corda, porque treinando todos os dias, não há quem consiga... Já a da vida real. Nem falo nada. 

Não acho que seja orgulho propriamente dito, até porque eu não teria razão. Eu me preocupo, eu me abandono e eu me desespero, eu só penso nisso, ao ponto de parar por muitos instantes, só que tem uma diferença: fui programada para cumprir o que eu falo, tão extremamente, que posso até não ter flexibilidade. E sempre venho pedir... Se quiser, dá um sinal, só unzinho. Você sabe sobre o que eu estou falando. É sim, você ai! (E só uma dica, não me pergunte, a mala aqui vai negar!)

Queria ter um fio de esperança, mas o mesmo foi esgotando, esgotando que até as coisas que eram de propósito que nunquinha me atingiam, agora atingem... Maldito dizer "nunca diga nunca", essa praga pegou. Eu sei com quem é, como está, e quer saber como estou agora? Pois é, conseguiu, com enjoo e com o ar me faltando. Mas é assim, né. Essas coisas acontecem. Espero que um dia eu supere, e consiga melhorar esse jeito esquisito de pular corda, que meus amigos que treinam todos os dias, reclamam, porque eu sempre estrago a brincadeira. E quem é meio culpado, nem sempre sente só a meia culpa... As vezes toma conta por inteiro. Como diria C.B "Mas você me conhece, eu faço tudo errado. Tudo errado..."

Acontece, Julya. Acontece.

"...O coração dos aflitos, pipoca dentro do peito..."

Nem com reza braba, nem com apego nos santos e nem com macumba eu estou mudando. Depois que passei a gostar mais de mim, desculpe por falar, mas estou pouco me fodendo para as opiniões. "Quem avisa amigo é" tem limite... Ninguém deve ficar aceitando bedelho, não tô sendo paga pra isso. Queria poder fazer tudo que eu desejo, hoje, pra acabar com essa melancolia. Vontade de rasgar a roupa, gritar o que eu sinto, e pra quantas pessoas eu quiser. Vontade de dormir 17h seguidas, de não comer nada e não me encherem o saco. Vontade de olhar na cara daquele(a) que você não gosta e falar: some da minha vida e não deixa rastro. Fazer uma mágica que meu quarto se arrumasse sozinho. Ter um avatar pra ir trabalhar por mim... Ah, isso sim seria felicidade.

Ai eu acordo, volto pro meu computador, com olhos de chateação.

Fico na mesma cama florida, olhando pro quarto bagunçado, sem vontade alguma de sair dali. Com as mesmas indecisões que me corroem o coração, e com a única vontade que me resta, pra resumir tudo: pedir pro mundo parar pra eu descer.

Eu, no meu normal, sairia pra mudar a situação, mas como é bom mudar, resolvi parar. Parar. Parar e não agir... Quem sabe isso é que o mundo e suas coincidências reservam pra mim.

"Você, tristeza que eu criei..."

Eu passo na rua, olho muita gente, ao não ser que eu esteja distraída. Caso eu esteja, certeza que é porque o pensamento está em você. Vezes preocupada, vezes com um sorriso no rosto. Queria que o mundo acabasse, é a vontade que dá quando eu olho no seu olho. Ok, tá muito pessoal, todos sabem. E continuo vendo pessoas, jeitos, formas, cabelos, gostos, cursos, vontades... E a única que eu tenho é só de você.

"...Sonhei você pra mim

Vem mais pra mim"

"Silêncio por favor, enquanto esqueço um pouco a dor do peito..."

Ah, sim, vamos voltar a meses atras... Bem naquele pensamento otimista: "tudo bem, ele é de boa, eu sou de boa... Ele é mais novo que eu, vai ser fácil, eu me garanto e vai dar tudo certo."

Se der deu, se não der certo, amém. Cada um pro seu lado, sem ressentimentos e terminando de boa. 

Sim, nunca sabemos o que vai acontecer. Parece tudo tão intenso quando a gente vive. 

Depois de umas semanas que tudo tava dando errado, você se surpreende com um "É, então, acho que não vai dar mais certo, e tô indo embora." Eis que surge aquela coisa que você nunca sentiu. Aquele amor, lá do fundo sabe... o "Fica comigo, não vai embora." E você se vê ali, mendigando o amor. 

Já esculachei muitas amigas, dizendo que elas eram mariquinhas , e acho que elas se magoaram com minhas palavras, a maioria delas, muitas vezes. 

Quando você se vê nessa situação, o que fazer? Chorar resolve? E desidratar? 

Vai ficar triste, vai ficar uns dias sem comer, vai lembrar dele em todos os lugres, vai chorar de novo, vai falar dele umas 7h pras amigas. Nada vai adiantar... Só pensar positivo, uma hora isso passa.

Acho que vou apenas me calar, continuar desejando o que eu sempre desejei. Paz e amor pra você. Não volta, nem bata a minha porta, não quero nem te ver pintado de ouro, prata ou barro. 

Vai desprezar ou mendigar, sempre vai ter alguém atrás de você!